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| Cena do filme a Ilha do Cãozinho Rock. Foto: Reprodução |
A Vila das Artes deu início na última segunda-feira (26), à mostra "Filmes Japoneses", que remete à capacidade de superação desse povo perante aos grandes eventos de calamidade. Neste país, onde as catástrofes naturais são constantes, os cineastas vêem uma oportunidade de traduzir estas fatalidades em arte.
FILMES
O primeiro filme da mostra, que foi exibido na última segunda-feira (26), foi “A Ilha do Cãozinho Rock”, de Isamu Nakae. A erupção de um vulcão na ilha Miyakejima força uma família buscar abrigo em Tóquio e abandonar o cachorrinho de estimação. Com o retorno para casa, a questão é reencontrar o cachorrinho e reconstituir os laços entre os humanos e o animal. Quem acompanhou, não se arrependeu.
A mostra foi idealizada por Laura Tey, coordenadora do Curso de Japonês do Núcleo de Línguas Estrangeiras da Universidade Estadual do Ceará - UECE, e segue até a próxima sexta-feira (30), sempre às 18h30.
PROGRAMAÇÃO
Dia 27/11
Quarteto!
2011, 118 min. | Direção: Junichi MimuraKai, um promissor violinista, vive na cidade de Urayasu. Mesmo pertencendo a uma família de músicos, ele não encontrava sua sonoridade. Seus pais se casaram jovens, enquanto cursavam a faculdade de música, desistindo da carreira para priorizar o sustento da família. Seu pai acabou sendo afastado do trabalho, e a mãe foi trabalhar no mercado de pescados. Abalado, o pai não conseguia estruturar os laços da família. Certo dia, Kai notou seu pai tocando piano com um olhar triste, diante de uma antiga foto da família, dos tempos em que tinha felicidade. Naquele momento, ao perceber que a música era a única forma de reunir os laços da família, toma uma decisão: montar um quarteto.
Dia 28/11
Viajando com Haru
2009, 134 min. | Direção: Masahiro KobayashiNa cidade de Mashike vivem Tadao, um velho pescador, e sua neta Haru. Desde que perdera sua mãe, Haru tem trabalhado para sustentar seu avô. Certo dia, ela é surpreendida com o fechamento do local que trabalhava. Para não abandonar seu avô, que tem problemas na perna, Haru inicia uma jornada em busca de seus irmãos, na esperança de que algum deles possa os acolher. Ao reencontrá-los, depara-se com a realidade: os problemas que poderiam ser gerados devido à situação de cada família e os conflitos resultantes do sentimento de amor e ódio entre eles. Diante desses conturbados encontros de família, Haru decide reencontrar seu pai, e junto com Tadao, partem rumo a Hokkaido.
Dia 29/11
Éclair - Uma Jornada Errante
2011, 107 min. | Direção: Akio KondoEm 1942, Akio é detido ao furtar doces. O delegado, ao vê-lo faminto, oferece-lhe um pão-doce. Naquele momento, Akio teve uma sensação inigualável. Encaminhado ao reformatório, passa por rígida educação, onde um dos raros momentos de conforto era quando a educadora cantava: “A menina e o doce”. Ao ser adotado, foram-lhe atribuídos serviços braçais, servindo como mero empregado. Desiludido, decide fugir e ingressa num grupo de teatro itinerante, onde encontra refúgio. Akio, no entanto, se depara com a realidade da guerra que acaba com o grupo e as pessoas que mais ama. Ao fim da guerra, Akio passa a viver recluso, mas sem se esquecer da bondade das pessoas e da magia dos doces.
Dia 30/11
Hula Girls de Fukushima
2011, 102 min. Documentário | Direção: Masaki KobayashiApós o terremoto de 11 de março na província de Fukushima, o Spa Resort Hawaians, que já fora uma das principais atrações turísticas da região, volta a realizar caravana com as dançarinas de hula pelo país. Mesmo com a estagnação enfrentada pela cidade, os habitantes conseguem revitalizá-la, com a motivação de que “aqueles que trabalham na montanha superam as adversidades unidos”. O resort, mesmo concedendo parte das instalações para os desabrigados, retoma suas atividades, promovendo a caravana com o sentimento de união ainda maior. Ao promover a união do país, as dançarinas acabam dando um passo maior do que a luta pela sua reconstrução.
